quinta-feira, 22 de julho de 2010

Era janeiro de 2008.Eu tinha 16 anos,o que significaria (pelo menos teoricamente)que legalmente eu não poderia frequentar boates nem bares.Isso não era nenhum suplício pra mim,visto que eu não gostava nem nunca gostei de baladas nem agitações... pelo menos aqui.Fomos para Buenos Aires eu,minha mãe,duas amigas da minha mãe,e a filha de uma delas,que na época tinha 13 anos,mas já parecia ser mais velha do que eu.Antes de viajarmos,a mulher que trabalhava na agência,tinha nos falado de uma certa boate que permitia que pessoas menores de 18 anos entrassem,e era justamente essa que estávamos procurando quando decidimos conhecer a vida noturna de Buenos Aires.Em nossas mãos,tinhámos os bilhetes da até então boate que podíamos entrar,mas ao consultarmos os recepcionistas do hotel,eles nos alertaram que essa boate se localizava em uma rua bem tensa,e ela por si só já era tensa,logo,nossos planos de "uhu!balançar o esqueleto",haviam ido por água abaixo.Sério que acabou por aí,Mariana? AHÁ: É lógico que não! Agora que vem a melhor parte: Os recepcionistas que são todos broooothers nos indicaram uma outra boate,que,por mais que só fossem permitidas pessoas maiores de idade,muitos menores conseguiam entrar lá.Então baixou uma vibe de Leoni em mim e pensei:"Por que não eu?".E fomos!Chegamos lá,havia uma fila quilométrica da portaria até...sei lá,você jura que eu vou lembrar né? Só sei que era grande. E repleta de brasileiros! O que não é uma novidade né?Tem brasileiro em tudo quanto é buraco,por que não teria em uma boate estranha,parecida com um castelo abandonado,próxima a um cemitério?Pfff... detalhes!Mas o nosso foco no momento era: Como entrar sem eu e minha amiga de 13 anos sermos barradas?Well,uma amiga da minha mãe tomou a frente,fomos lá na portaria,fizemos o migué lá e pasmem:Não só conseguimos entrar como também burlamos a fila.Pega boe! Mal sabiamos o pequeno inferninho que nos esperava. O que era aquilo,mano? Eu e minha amiga de 13 anos subimos pro primeiro andar do pseudo(DESTAQUE PARA O PSEUDO)castelo e eu poderia até relatar o que tinha por lá,ou como era a decoração (se é que tinha uma decoração),mas a nuvem de fumaça que havia lá me impede de fazer isso.OK,após a frustração no 1º andar,decidimos ir ao encontro de nossas mães e da amiga delas que estavam no térreo assistindo a um show que estava bombando de pessoas.Mas não era um show qualquer,o protagonista do mesmo era nada mais nada menos do que um travesti,quer dizer,um Drag Queen ("Pq tá pensando que Travesti é bagunça? Travesti não é bagunça nãããããão!"),e o mais estranho era perceber que a galera se divertia com homens sem camisa no palco (que eram da platéia)visivelmente bêbados e um travesti lá todo animadinho com eles,uuuuuh,eu nem conseguia mais entender direito o que eles falavam,mas eu nem fazia questão.Saímos de lá,e a lição que eu aprendi naquele dia e que passo a vocês meus amigos,é a de que às vezes ficar em casa dormindo é a melhor opção,e que não importa que seja em Natal ou em Buenos Aires,o fato é: Eu não gosto de baladas.