domingo, 25 de março de 2012

A esteira assassina

Em meados de março do ano passado, decidi criar vergonha na cara e frequentar assiduamente a academia. Todos os dias, ás 14h, lá estava eu, religiosamente correndo 20 minutos de esteira e puxando quilos e quilos de ferro ( HAHAH PIADA). Certo dia, já em maio, por um motivo muito nobre (preguiça), decidi não comparecer no mesmo bat-horário. Optei por aparecer por lá apenas ás 20h da noite de uma quinta-feira. Por que não? Cheguei lá, guardei minhas coisas,dei de cara com o meu ortopedista que estava indo embora (prestem atenção nesse detalhe) peguei minha ficha, subi na esteira e... voei. É, voar não estava nos meus planos. Muito menos cair em cima da esteira de trás e quebrar o motor dela #alok. Alguém deixou a esteira ligada no máximo eu não vi,pisei e como resultado obtive a minha clavícula direita quebrada. Não sabia se chorava de dor pela pancada forte, não sabia se chorava de vergonha de ter caído da esteira na hora em que a academia estava mais lotada, não sabia se chorava de rir da minha desgraça,não sabia se chorava de raiva do infeliz que tinha deixado aquela esteira ligada. Mas no fim, optei por não chorar. De repente, brotaram dos aparelhos da academia: neurologistas, enfermeiros, dentistas,funcionários públicos, desempregados,estudantes, mas o ortopedista que é bom?Tinha ido embora na hora que eu cheguei.Esse episódio resultou em 24 dias de imobilização com gesso (oh my God), 16 com uma imobilização removível (que eu era proibida de tirar, então não entendi o objetivo), e um intenso pavor de esteiras.

Não achei a foto do oito (nome da imobilização) de gesso, apenas o removível. Mas dá pra ter uma ideia da desgraça:


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O dia em que eu cometi a proeza de bater em um ônibus.

A história de hoje não é bonita, não é feliz, não é engraçada. Ok, para você talvez até seja, mas para mim, que vivi esse episódio, digamos assim, peculiar, eu diria que foi uma das coisas mais tensas da minha digníssima vida. Antes de tudo, tenho que dizer: A culpa foi minha. Atrasada para a aula, trabalho valendo 10 para apresentar, lá fui eu no maior estilo “velozes e furiosos” para a faculdade. O detalhe (detalhe esse que resultou na batida) é que eu não estava em um filme de Rob Cohen, eu não sou o Vin Diesel e não estava pilotando nenhuma daquelas máquinas. Sendo assim, não deu outra: Cortei o ônibus e o bendito (lê-se maldito) bateu atrás. Quando eu parei o carro, tive a sensação de que estava sendo hostilizada por Natal inteira. Ouvi desde a clássica “ comprou a carteira?” passando por “vá pilotar uma carroça” até o “você nasceu de novo,menina!!!!!!”. Ainda bem que não tinham pedras soltas pela rua, senão já tinham atirado na minha cabeça. Mas não os culpo, na verdade fiquei até com medo de algum deles ter perdido o emprego/prova importante por minha causa. Espero que não. No fim, eu só sei que tudo isso resultou em apenas um arranhão no meu carro (juro!) e no ônibus... nada. Hoje, passados quase 2 anos do ocorrido, e consciente de que eu estou mais para motorista de carro de mão, a única coisa que eu corto é fatia de bolo, unha e pessoas (no sentido figurado, é claro).