segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"Causos" de Mariana - Aprendendo a andar a cavalo

Esse episódio aconteceu quando eu tinha por volta dos 10 anos de idade.  Essa é uma fase da vida que todo mundo quer tudo, pede tudo ou simplesmente sonha com alguma coisa. Algumas querem dominar o mundo, outras querem ser o presidente do Brasil, mas a única coisa que eu queria naquele momento era aprender a andar a cavalo.

Não que eu nunca tivesse andado a cavalo, sim, eu já tinha dado umas voltinhas por aí, mas sempre com alguém puxando aquela cordinha azul para mim. Sabe quando você quer tirar uma foto para mostrar aos amiguinhos do colégio o quão sensacional você é por saber andar a cavalo?Pois é. O problema é que tem sempre aquele coleguinha “pentelho” pra dedurar que tem alguém segurando a cordinha azul. Como não existia Photoshop na minha época, o jeito era aprender a andar a cavalo de verdade, não tinha jeito. 

Meu instrutor nessa jornada foi o meu pai e o cenário, a casa da minha avó. Sobre o meu pai, ele não era lá um exímio cavaleiro, mas tinha boa vontade e isso contava muito. Sobre a casa da minha avó, talvez não fosse o lugar ideal para aprender a andar a cavalo, mas logo mais vocês entenderão o porquê. Escolhi o animal mais manso (não preciso nem dizer a razão), ouvi todas as instruções, montei no cavalo e, corajosamente, lá fui eu. Surpreendentemente eu estava andando a cavalo sozinha. Pensei: “Que fácil!”. Estava me sentindo a menina Sara do desenho "Cavalo de Fogo". Disse até a papai que não precisava mais da ajuda dele e que poderia ficar só na varanda me olhando. Mal sabia eu o que me esperava.  

Só para contextualizar, o terreno onde fica a casa da minha avó era cheio de palmeiras e todo cercado por arame farpado. Eu estava achando o máximo andar a cavalo sozinha, mas eu havia esquecido um detalhe: perguntar como se fazia para virar para a esquerda e para a direita. E eu percebi que tinha esquecido isso da pior forma: olhando para frente e me deparando com ela, a cerca de arame farpado. Alta e dolorosa. E o cavalo indo em direção a ela. Pensei: “Lasquei-me.” Mas como tudo sempre pode ficar pior, elas também apareceram: As malditas palmeiras. O cavalo andando em direção as palmeiras e eu tendo que praticamente deitar na bunda do cavalo para não ter a cabeça degolada pelas palhas. Pensei: “Sabia que a dança da cordinha do grupo “É o tchan” me seria útil para alguma coisa.”


Nessa hora meu pai já estava desesperado, e antes que eu gritasse “socorro” pulou o muro da casa da minha avó e agarrou o cavalo, que para completar, pisou no pé de papai. Mas ele conseguiu me salvar. A partir desse dia, nunca mais andei a cavalo. Minto, depois desse episódio eu sempre andei a cavalo na cordinha. Porém como eu sou uma pessoa otimista, o lado bom disso tudo é que caso eu precise, hoje já existe o Photoshop.

Ps: Para quem não lembra mais desse clássico do “É o tchan” que tanto me ajudou nesse dia, não tem problema: Mariana te lembra! Afinal, recordar é viver!





Um comentário:

  1. Cavalo de fogo, que saudaaades! adorei, imagino a cena kkkk
    é o tchan, aiai..
    beijos :)

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