quarta-feira, 24 de junho de 2009

O tempo é tão estranho. Às vezes é bom,às vezes é ruim. Às vezes é rápido,às vezes é muito devagar. É responsável por trazer coisas bacanas e em outros momentos nem tão bacanas assim. Muitas vezes a gente passa pela vida de forma tão indiferente que parece até que o tempo não passará por nós. Mas passa. E isso assusta. Anteontem eu nasci,ontem eu estava fazendo 15 anos,hoje eu já tenho 18. Talvez você esteja pensando "essa menina é louca! só tem 18 anos e tá tendo uma crise de idade".Mas a questão não é essa. Não estou me achando velha,muito menos tendo uma crise de idade.É que às vezes,acho que não estou fazendo tudo o que tenho que fazer. Sei lá,tenho aquela velha mania de deixar tudo pro dia seguinte,e seguinte e seguinte... daqui a pouco terei 87 anos e o dia seguinte poderá não mais chegar. Ou quem sabe até bem antes disso né? Nunca se sabe o dia de amanhã... Sabe aquele velho clichê de aproveitar cada segundo de sua vida como se fosse o último? É uma boa.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Hoje eu tava vendo o meu fotolog,e lá tem arquivadas fotos desde que eu começei a postar em 2007 hahaha,morri de rir com algumas fotos e posts meus... e senti saudades também de diversos momentos que passaram e foram super-fofos.Em especial a visita que eu fiz a uma criança linda no hospital. Minha tia é voluntária na Casa de Àpoio à criança com Câncer,então,em 2007,ela me contou um caso de uma menina de 4 anos a qual ela tinha se apegado bastante,e que
nunca tinha visto uma criança tão feliz assim. O que há de diferente nisso? A tal menina tinha um câncer no olho,e depois de diversas tentativas os médicos alertaram que ela não tinha mais chances de sobreviver,ou seja,dentro de alguns meses,ela morreria.
Mesmo assim,eu precisava conhecer essa menininha.E fui. Sabe o que a minha tia dito sobre ela ser um amor,a felicidade em forma de pessoa,carismática,divertida? Pois então,ela era isso e muito muito mais.Os abraços dela foram talvez os melhores e mais sinceros que já recebi na vida,ela era esperta,ativa,ia pra cima e pra baixo arrastando o sorinho que entrava na veia dela,conversava bastante.Me falou que adorava se maquiar,mostrou o que tinha na bolsa dela,sua boneca preferida, de como ela era feliz,de como gostava da casa dela e de apesar de não gostar do hospital adorava as enfermeiras e a sala de brincadeiras. Dei uma boneca para ela,que prontamente a batizou de Stefanie (se não me falha a memória). Só sei que a cada hora que ela me dava um sorriso,a vontade que eu tinha era de chorar... tipo,como que a vida poderia acabar tão cedo pra alguém? Logo pra ela! Alguém tão cheio de vida,tão feliz,tão com VONTADE de viver. Saí de lá com algo na garganta e a enorme esperança que sei lá,acontecesse um milagre e a Sabrina ficasse bem. Semanas depois... ela morreu. Admito que no momento fiquei arrasada,
mas depois percebi que não era à toa que a Sabrina tinha vindo ao mundo. Não mesmo. Era pra mostrar pra muita gente,inclusive pra mim,que a gente coloca dificuldades tão grandes na nossa vida que tem gente que passa por coisas muito piores mas nem por isso deixam de ser felizes. Ah sei lá,achei que isso só acontecesse em filmes mesmo. Não sei como terminar esse texto...
tava tão fofo mas eu tiiiiiiiiinha que acanalhar né? HAUhauhauahua
é isso.Tenho que ir pra faculdade...


Ps: Meu fotolog é : http://fotolog.com/mariie_fagundes

quarta-feira, 10 de junho de 2009


Quem me conhece sabe que eu gosto,e sempre gostei de animais. Não é à toa que eu já tive um porco de estimação,né?Hahahah. A história que vou lhes contar agora,é de como comprar animais na raça pode ser um tanto quanto perigoso,onde até coelhinhos (aparentemente) fofinhos podem tornar-se verdadeiros pesadelos na sua vida. "Coelhos,Mariana?"Sim,coelhos! E não era um coelho comum... era _____________,meu coelho assassino. Eu tinha por volta de 14 anos e,certo dia antes de papai ir ao trabalho,pedi para que ele comprasse um coelho para mim qualquer dia desses(como se fosse a coisa mais normal do mundo).Já à noite,quando papai foi me buscar na aeróbica,ele me presenteou com uma caixa,em que dentro dela havia o quê?O dito cujo! Ele era super-lindo! Branco com olhinhos vermelhos,a coisa mais fofa. Quando eu o peguei,confesso que ele se agitou um pouco,demonstrou-se um tanto arisco,maas eu pensei que ele poderia estar cansado por estar dentro de uma caixa ou sei lá.Pensei errado,como sempre. Chegando em casa,decidi soltar o pequeno roedor no meu quarto,afim de que pudesse correr um pouquinho e esticar as pernas.... maldita idéia! Não sei o que houve com o meu amigo comedor de cenouras mas o infeliz começou a correr pelo meu quarto feito um louco,gritando(descobri nesse dia que coelhos gritam) e o pior: tentando me morder. E agora,José? Saí correndo em disparada dali,deixando os meus bichinhos de pelúcia à mercê daquele coelho galado (perdoem a palavra mas ele era mesmo). Como eu poderia voltar ao meu quarto,como eu poderia dormir sabendo que existia uma fera dentuça à solta pronta para me atacar novamente? Papai,achando que era frescura minha,foi até o meu quarto a fim de capturar o coelho... sem sucesso. O bicho só faltava voar de tanto que corria e gritava,necessitando de uma verdadeira comissão pra pegar a fera,comissão essa composta somente por experts na caça à coelhos: eu,papai,meu irmão e Baste.Depois de levarmos vários "Olééééés" do roedor (nada) fofo,Baste finaalmente conseguiu domar a criatura vestida em pele de coelho.O fato de o terem colocado em uma enorme caixa dentro do meu quarto,me privou de ter uma feliz noite de sono,não só por medo do coelho mutante saltar a caixa (que era alta),como também porque o queridíssimo ficou correndo pela mesma a noite inteira,causando um barulho muito irritante. No dia seguinte,conseguimos passar o coelhinho adiante. O porteiro do prédio o aceitou e disse que ia dar pro seu filhinho de 4 anos brincar. Pra não dizerem que eu sou ruim,eu alertei que o roedor era sanguinário,o que não mudou em nada a decisão do porteiro. Depois desse dia,nunca mais ouvi falar do meu companheiro de quarto...reza a lenda que o porteiro o comeu... sei lá né? Prefiro nem saber... maas, o que eu posso dizer,é que o menininho está vivo (e bem).



Ps: O espaço lá em cima é porque eu esqueci o nome do meu coelho (in memorian).

segunda-feira, 8 de junho de 2009




São João,época bonita,época bacana e época que me remonta à algumas lembranças interessantes.A melhor delas,foi o lendário dia em que eu pseudo expulsei meus amigos,sem dúvida nenhuma. Provaelmente quando eu contar,não terá mais nem 1/5 da graça que tinha antes pois o hilário é quando eu conto essa história pessoalmente e principalmente com os meus fofos amigos participantes da história por perto.Como já é tradição,todo ano há uma festa de São João no condomínio onde eu moro atualmente,e o fato que vos falo ocorreu precisamente em junho de 2007. Na época,eu ainda não morava oficialmente aqui ( coisa de gente entrosada né?),mas iria me mudar no mês seguinte. Como bizarra que sou: Por que não ir e ainda levar os meus amigos não é mesmo? E foi exatamente isso que eu fui. Como diz meu irmão : Pobre só anda de "ruma". Bem,no fatídico dia,estava chovendo horrores,e,junte a isso o fato dos meus coleguinhas estarem atrasados.Os meninos no caso,porque as minhas 2 amigas já estavam lá. Mãns,Tuuuudo bem! Me ligaram pedindo para ir eu ir lá pra fora a fim de esperá-los.O diálogo no celular era meio confuso,de forma que caso eu não fosse tão lesa eu teria prevido o que viria pela frente. E foi então que enquanto eu esperava,já irada com a demora alheia,vejo quatro vultos felizes,no meio da chuva,brincando no parquinho do condomínio. Eu penso : "Não pode ser."Pensei errado: Era! 4 marmanjos me fazendo esperar,no meio da noite,chovendo horrores,enquanto se divertiam na gangorra.Se não fosse tão bizarro seria super-feliz. Pois é,consegui manter contato com eles,e finalmente eles foram ao meu encontro.
Dei a senha para o primeiro que prontamente (bem mais pra lá do que prá cá) disse : "-Err,Mari... a gente bebeu um pouquinho viu?" e foi aí que eu,em um super sinal de revolta dei um mortal pra trás seguido de um duplo twist carpado e,ok... voltando à realidade...
fiquei puta,muito puta. Normalmente quem sabe eu não ficasse assim,mas, eu já havia acumulado o pinto molhado que eu estava + a demora deles +a má comunicação e agora somado à bebedeira dos quatro. Pois é,arrumei um barraco,e o melhor: na porta da festa.Eu ainda nem havia me mudado para o condomínio ainda e já carregava um barraco nas minhas costas,hehe coisa de gente civilizada.Enfim,depois de tentar mandá-los embora,na calada da noite,à pé,bêbados e em uma noite chuvosa,à mercê de um carro desgovernado ou coisa pior ( sou sem-coração,gente),meus pais acabaram com a minha moral e mandaram eles entrarem. O resto da noite foi todo mundo sentado em uma mesa,eu desviando o olhar de todos eles,e sem falar uma palavra.Eles mortos de vergonha e tentando me pedir desculpas (já haviam voltado à sobriedade).Um dos momentos mais engraçados que teve na noite talvez tenha sido um dos meus amigos dizendo para o meu pai que ele era puritano,tornando ainda pior a situação que para eles já estava péssima."-EU,PURITANO? Eu deixo meus filhos beberem,coloco vocês pra dentro estando bêbados e ainda sou puritano?" PEM!Às vezes é melhor ficar calado.
Os quatro protagonistas da história,foram embora bem antes do fim da festa, e eu ainda totalmente com raiva deles. Na segunda-feira depois desse final de semana catastrófico,chego na aula e todos estão com cara de enterro,constrastado subtamente com um BOM DIAAAAAAAAAAAAAAAAA meu. Fazer o quê,né? Eu amo os meus amiguinhos,não consigo ficar de mal dele por mais de 1 fim de semana (owwww). Só sei que desde 2007 essa história é contada e recontada trocentas mil vezes,e quem convive com a gente não aguenta mais ouvir.
Eles juraram que não tem mais coragem de pisar na minha casa,mas ficou só no juramento,de lá pra cá já vieram várias vezes.Na hora de fato foi péssimo,mas nada como uma boa história para contar não é mesmo? Sem falar que agora eu sei que a distância
exata da casa de ícaro até a minha é de 1 montilla dividido por 4 pessoas...




Ps: Esse texto tá sem-graça porque a história só presta falando pessoalmente mesmo...
Ps 2: Esse fato balançou um pouco a minha fama de calminha mas eu sou viu,gente? ou não...
Ps 3: Eu pesquisei "São João" "engraçado" no google e apareceu Jack Sparrow,então deixa ele aí...

sexta-feira, 5 de junho de 2009


Algumas pessoas,quando crianças tem cachorros de estimação,gatinhos de estimação e até tartarugas de estimação.Confesso,nunca tive muita vocação para o tradicional,e foi aí que aos meus sei lá,10 anos,ganhei da minha avó o melhor presente de aniversário que eu poderia escolher: Um porco. É óbvio que na época que eu fiz esse não muito convencional pedido,mamãe estava viajando,ou seja,não havia nada nem ninguém que pudesse vetar o meu sonho,visto que papai já havia concordado comigo.Quando Vovó perguntou o que eu queria ganhar,muito provavelmente um porco não estava nem um pouco perto das suas opções,tendo sido um pouco difícil a nossa comunicação: "-Minha filha... um porco? Não prefere um carneirinho? um cachorrinho? "Não! Era o amigo suíno que eu queria,sem falar que as minhas experiências com carneirinhos rejeitados não haviam terminado com finais felizes,mas isso eu deixo pra outro post. Lembro como se fosse hoje quando a minha gorda chegou.Admito que em meus sonhos ela era pequenininha,mansinha,fofa,obediente,tomava mamadeira e usava um laço no pescoço. Não é à toa que a bolsinha que eu arranjei para ela já estava devidamente arrumada com perfume,coleira,mamadeira,fitas e toalhinhas.Doce ilusão. Quando a minha avó saiu do carro com a porquinha a única coisa verídica era o laço no pescoço porque de resto.... mas tudo bem!Mães amam seus filhos do jeito que eles são (ainda que adotivos),então eu prontamente tratei de segurá-la no colo (sem sucesso) e colocar a coleira no (não tão fofo assim) porco. Dei-lhe o nome de Fiona (carinhosamente Fifi),e fiquei arrasada quando a dita cuja não me acompanhava com a coleirinha. Mããããããns como é preciso muito mais para abalar totalmenteuma criança tão feliz ao ponto de escolher um porco de aniversário,começei a me perguntar se tudo aquilo não era estresse de viagem da pobre Fifi.Não,não era.. O tempo foi passando,minha amiga suína foi crescendo e eu estava cada dia mais distante dela não só porque eu tive que voltar pra Natal( e ela ficou em Pipa),como também porque a Fiona havia virado uma monstrinha.Eram diárias as ligações do cuidador da Fifi dizendo que ela havia comido mais uma galinha.Como a personagem principal da história ( é a Fifi,não eu) estava digamos assim,muito bem nutrida,eram constantes as insinuações de meus pais e familiares de que a hora dela deveria chegar logo,e chegou.Depois de eu conseguir enterditar várias vezes o destino cruel da Fifi,o dia inevitável havia chegado,e o sonho da minha pequena vida seria o prato principal na ceia do reveillon.O abate de fato aconteceu,e o que mais me deixa indignada até hoje foi a chegada do meu primo/padrinho com 2 amigos que parece até que haviam caído de pára-quedas apenas para comer meu presente de aniversário e me dizer : "Mariana,Fifi é muito gostosa."FIFI? Como se eles fossem íntimos do meu bebê. Tudoo bem,um novo ano havia iniciado depois daquela noite,e tenho que dizer: Comi SIM um pedaço de Fifi.Além de não ser fofa,não ser obediente,não tomar mamadeira,não ser pequenininha e não aceitar coleiras... ela tinha um gosto muito do ruim.
Ps: Eu ainda não era vegetariana nessa época
Ps2: A foto não está favorecendo muito a Fifi.

quinta-feira, 4 de junho de 2009





Era um belo dia de sol,e como recém-dezoitona que eu era (e continuo sendo) fui ao Detran fazer os testes para finalmente (!!!!!!!!) ter a autorização para fazer a auto-escola para daí entãão (!!!!!) fazer as provas e enfim (!!!!) tirar minha sonhada carteira. Após enfrentar algumas filinhas (até rápidas) e tirar a foto ( TOSCA TOSCA E TOSCAAA) fui super-feliz fazer o exame de vista. Felicidade que durou pouco,visto que não consegui ver nada além de manchas e manchas... numa tentativa desesperada,a moça do exame pediu para eu dizer as letras abaixo do número 5,pra ser
feliz... doce ilusão. Se tivesse a frase "Mariana você é uma idiota" lá eu iria sorrir na paz,eu não ia conseguir ver mesmo.O que me consola é que são apenas 6 letras,então acredito que essa frase não constava lá. Só sei que após a frustrada tentativa da moçoila de se livrar da minha cegueira (até então desconhecida),ela me premiou com a frase : "-Ih,você não vê quase nada pra longe hein?"QUASE NADA? QUASE NADA? Essa frase me desconjuntou tanto que eu poderia ter sido prejudicada no Psicoteste que eu iria fazer logo a seguir. Dramas à parte,nada de muito anormal aconteceu. Meu irmão malhou de mim como de costume,papai malhou de mim como
de costume e mamãe me consolou como de costume. Passei no Psicoteste,encontrei um amigo que estava fazendo re-teste ( rima medonha)e fui comprar chiclete (tá,não fui... mas se era pra rimar ne?).Hoje eu consigo perceber claramente a diferença de usar e não usar óculos,mas apenas quando invento de sentar na última carteira.Aliás,quando as aulas estão tediosas gosto de brincar de levantar e abaixar os óculos pra perceber o contraste e me dar
conta do quão a minha vida era embaçada.






Ps: A história é totalmente verídica mas digamos que eu coloquei MUITO mais drama pra ficar mais bacana :)
(essas rimas chatas tao me perseguindo hoje).

segunda-feira, 1 de junho de 2009




Acho trabalhos manuais muito bacanas. Desde pequena assistia aqueles programas da Eliana (e derivados) e para mim o momento mais esperado era o "Fazendo arte" ou sei lá que nome ele tinha.Juntava tudo o que o Melocotom pedia: cola,tesoura ( sem ponta é claro),cartolina,e muita falta do que fazer e ia lá fazer a minha obra de arte.
Infelizmente eu não tinha talento para tal,mas como eu era uma criança feliz,saia correndo com a minha aberração,digo criação,para mostrar à papai e mamãe,que,como correto papel de pais diziam que eu era talentosa. Demorou para eu perceber que não. Talvez por paciência não ser muito o meu forte,talvez por eu não levar jeito pra coisa mesmo,só sei que até me dar conta disso,já havia passado por diversas formas de trabalho manual: biscuit,tricor,fuxico,pintura de telas ou simplesmente desenhos, e tudo ficava absurdamente bizarro.
Semana passada,em um momento de plena inspiração,resolvi resgatar minhas raízes de pseudo artesã e txará : Ficou bonito. Isso me levou a pensar que tudo o que eu tinha feito dos meus 4 anos de idade até hoje não estava feio de fato,era apenas... arte contemporânea. À propósito... alguém quer uma caixinha?



Ps: Eu não pintei esse desenho,isso se chama guardanapo.